Construção, elaboração e operacionalização de sessões de treino / aprendizagem

Aula Teórica 9

Construção, elaboração e operacionalização de sessões de treino / aprendizagem

Etapas fundamentais no processo de orientação/condução do treino:

  • Apresentação da tarefa

1.Garantir, em todos os episódios de informação, pela posição que ocupa e pela forma de dispor os praticantes no espaço da sessão, que treinador e praticantes se veem e ouvem mutuamente;

2.Reduzir as fontes de distração: evitar colocar os praticantes de frente para o sol, para a excessiva luminosidade ou para outros grupos em atividade;

3.Esperar que se tenha criado um ambiente praticantes estejam atentos; sereno e que todos os praticantes estejam atentos;

4.Usar uma linguagem clara, simples e objetiva;

5.Ser breve , evitando longos discursos;

6.Evitar referir demasiados detalhes;

7.Combinar a demonstração ; da situação no seu todo (global) com o salientar dos seus aspetos fundamentais;

8.Proporcionar a visualização ângulos da habilidade de diferentes relativamente à posição dos praticantes, de modo a que estes possam observar os aspetos principais a ter em consideração;

9.Observar o rosto dos praticantes ou questionar alguns deles no sentido de avaliar o grau de compreensão face à informação transmitida.

  • Prática / Correção

O treinador deve:

1.Alternar a observação global de todos os praticantes com a observação individualizada para o que deve movimentar-se e ocupar diferentes posições no espaço do treino;

2.Concentrar a sua atenção essencialmente sobre os erros significativos mais, isto é, os que são relativos aos aspetos fundamentais da situação / conteúdos;

3.Fornecer indicações durante a realização da situação, usando palavras-chave ou frases curtas para relembrar os “pontos-chave” da situação / conteúdos;

4.Combinar a informação de retorno (feedback pedagógico) de caráter prescritivo com o questionamento facilitando a compreensão da tarefa e promovendo a comunicação entre treinador e praticante;

5.Interromper o exercício e voltar a demonstrar assinalando os erros cometidos e destacando, de novo, os aspetos fundamentais da realização correta (como está a ser feito- como deve se feito) sempre que houver um desempenho incorreto, sobretudo se generalizado;

6.Intervir individualmente quando observar uma dificuldade de um praticante fornecendo-lhe a informação de que ele necessita para corrigir a sua realização sem interromper todo o grupo;

7.Após uma correção acompanhar a realização seguinte e enviar uma palavra ou um sinal de incentivo sobre a mesma;

8.Evitar corrigir muitos pormenores ao mesmo tempo;

9.Aproveitar todas as oportunidades para elogiar o esforço realizado e os progressos conseguidos, por pequenos que sejam;

10.Privilegiar a referência ao que está a ser conseguido (feedback positivo), em vez de insistir naquilo que não está a ser alcançado (feedback negativo);

11.Fornecer instruções específicas, sobretudo prescritivas, que facilitem a correção dos erros em vez de informações genéricas, sem conteúdo, como por exemplo: “Faz como deve ser!”

12.Intervir de forma serena, evitando ser ríspido e hostil, criando nos jogadores a ideia de que ser corrigido não é ser castigado;

13.Tentar distribuir a atenção por todos os praticantes fazendo, durante a sessão, algumas intervenções a cada um deles.

Identificar o Erro- Observação

  • Estabelecer prioridades entre os erros mais comuns;
  • Começar por observar o mais deter.

Procurar Causas

Exemplos:

  • Não acumula energia cinética suficiente para rematar com a velocidade pretendida (ex: devia correr mais de trás antes de rematar);
  • Colocação errada da relação CM/BA (ex: não utiliza os braços para estabilizar o movimento).

Transmitir Informação sobre a forma como eliminar o erro:

  • O que fazer?
  • Como fazer?
  • Evitar juízos de valo;
  • Reforçar os aspetos positivos.

Verificar o efeito produzido: 

Mantém-se?

Porquê?

Transmitir evolução, reconhecer o esforço.