O futebol no futuro

Aula Teórica 1

O futebol no futuro

Que características terá o futebol daqui a 20 anos?

Há 20 anos nunca se pensaria que em 2 décadas fossem integradas tantas inovações a nível do futebol como desporto profissional, entre elas a mais significativa terá sido o VAR como tentativa de tornar o futebol um desporto mais justo. E daqui a mais 20 anos o que poderá muda? Daqui a 20 anos muitas inovações podem ser acrescentadas, entre elas achamos que a tecnologia terá a sua importância muito realçada, podendo até chegar a dominar o jogo, possivelmente este poderá começar a ser controlado por inteligência artificial, gerando esta decisões rápidas e com imparcialidade total, o único contra tempo que isto poderá gerar seria a emoção das discussões entre jogadores e árbitros que muitos adeptos vivem intensamente retirando também um pouco da imprevisibilidade do jogo.

Outra mudança que possivelmente achamos que pode ser integrada seria a possibilidade de ver o jogo através de realidade virtual, mas também achamos que estádios com hologramas e cadeiras futuristas teriam um custo elevado, e a plateia que canta e vibra, poderia acabar por assistir ao jogo em casa, pela televisão ou outros dispositivos retirando grande parte do clima e ambiente que os adeptos e claques criam no jogo.

Outra característica que é possível de prever seria que com o aumento da ciência a monitorização do treino dos atletas assim como a nível de recuperação de lesões poderá ser melhorada colocando os atletas num nível quase sobre-humano.

Por fim, achamos que a possibilidade de competições mistas não se encontra assim tão distante devido a todas as alterações sociais que estão a acontecer nos últimos tempos com relação a tal assunto, também achamos que mesmo que uma competição mista seja difícil de implementar a igualdade entre futebol masculino e feminino, em termos monetários e de visibilidade, poderá estar a caminhar para se realizar.

O que deverá ser um guarda-redes? E um defesa? E um médio? E um avançado?

Guarda-Redes
O papel do guarda-redes, que até agora se limitava a defender a baliza, irá evoluir, exigindo habilidades técnicas mais desenvolvidas. Hoje, já se valoriza a capacidade de jogar com os pés, mas acreditamos que, daqui a 20 anos, essa será uma característica essencial. O guarda-redes do futuro será, além de um especialista na defesa entre postes, um elemento fundamental na construção do jogo, iniciando a primeira fase de ataque. Quando for necessário interagir com ele, será imperativo que o guarda-redes tenha uma técnica de passe mais eficaz, capaz de garantir a fluidez do jogo.

Defesa
Prevemos que os defensores se tornem mais rápidos e com uma circulação de bola mais ágil e dinâmica. A técnica de condução de bola e de passe será bastante aprimorada, especialmente no caso dos defesas centrais, que frequentemente se posicionam de frente para a bola. Em relação aos laterais, acreditamos que a tendência de especialização – ou na defesa ou no ataque – irá dar lugar a um modelo mais completo, onde os jogadores dominarão ambos os aspetos de forma equilibrada. Atualmente, é comum ver-se laterais que, quando chamados a atacar, encontram dificuldades em executar cruzamentos precisos, sejam curtos ou longos. No futuro, acreditamos que estes jogadores terão a capacidade técnica necessária para alternar entre as duas funções com maior eficácia e naturalidade.

Um médio
Através da realidade atual, achamos que médios, de forma geral, são os jogadores mais completos das equipas e achamos difícil encontrar o que trabalhar nestes. Ainda assim, acreditamos que, por exemplo, com a introdução da Inteligência Artificial para análise de dados das sessões de treino e jogos, poderá vir a melhorar significativamente a performance dos jogadores.

Avançado
Perder-se-ão as características típicas de avançados habilidosos no 1x1 e jogadores com uma execução apurada no drible e na finta, uma vez que, na formação, o jogador raramente é incentivado a desenvolver estas competências. Mesmo quando as possui, o treinador tende a desincentivar essas habilidades, preferindo um estilo de jogo mais estratégico, em detrimento de jogadas mais imprevisíveis e criativas.

O que será o público


Neste momento a um nível global podemos analisar que os adeptos em geral muitas vezes não se preocupam com um jogo fluído e sem brigas, mas sim com o “salve-se quem puder” e apenas importa a sua equipa e todas as ações contra a mesma encontram-se erradas muitas vezes estes deixam a ética de lado e realizam faltas de respeito perante a arbitragem.

É difícil dizer que estes costumes que já se encontram tão entranhados no futebol irão mudar, dado que o futebol enquanto desporto fomenta isto por ser um desporto tão competitivo e muitas vezes imprevisível, mas queremos acreditar que poderá mudar para melhor num sentido em que os adeptos comecem a valorizar o bom jogo e minimizem as más interações com árbitros e em certos casos com atletas.

Em termos de como será a experiência do público achamos que a experiência poderá tornar-se ainda mais digital, consumindo futebol por transmissões via streaming, redes sociais e plataformas interativas, integrando-se também ferramentas como realidade aumentada e realidade virtual para tornar as transmissões mais imersivas, tornando a ida ao estádio cada vez mais uma experiência mais escassa e apenas para aqueles que gostam e vivem mesmo o clima criado dentro do estádio.